Roteiro DOE
Design of Experiments

 

Objetivo Auxiliar o Planejamento de Experimentos
 
Abrangência  
Avaliar Sistemas, Subsistemas e Componentes, configuração e documentação do produto e processo
 
Passos do DOE
Título
Descrição
Ferramentas/
padrões/
método
     
1 Reconhecimento e relato do problema

Na prática, geralmente é difícil perceber que existe um problema que exige experimentos planejados formais, de modo que pode não ser fácil obter-se um relato do problema claro, preciso e aceito por todos. No entanto é absolutamente essencial desenvolver completamente todas as idéias sobre o problema e sobre os objetivos específicos do experimento. Usualmente é importante solicitar entradas de todas as partes envolvidas – engenharia, qualidade, marketing, cliente, gerência e operadores (que em geral, têm muito discernimento que costuma ser ignorado). Um relato claro do problema e dos objetivos do experimento costuma contribuir substancialmente para uma melhor compreensão do processo e para uma eventual solução do problema.

 
     
2 Definir objetivos do experimento
A partir de uma boa definição do problema é mais natural a elaboração do objetivo do experimento. Esse objetivo deve ser não tendencioso, específico, mensurável e de resultado prático.
Objetivos do DOE
     

3 Escolha da variável-resposta
Na seleção da variável-resposta, o experimentador deve ter certeza de que aquela variável realmente fornece informação útil sobre o processo em estudo. Muitas vezes, a média ou o desvio padrão (ou ambos) da característica medida será a variável-resposta. Respostas múltiplas não são raras. A capacidade do medidor é, também, um fator importante. Se a capacidade do medidor é baixa, então apenas efeitos grandes de fatores serão detectados pelo experimento, ou será necessária replicação adicional. De onde vem o embasamento para seleção das variáveis respostas e controle, ou seja: de teoria, de especialistas/experiência, experimentos anteriores. Onde estes experimentos se ajustam dentro do estudo do processo ou sistema?
 
     
4 Listar para cada variável resposta
1. Listar para cada variável resposta o nível normal em que rodará no processo e a distribuição ou amplitude de operação norma, a precisão ou amplitude aos quais ela pode ser medida e como.
 
     
5. Listar para cada variável controle
Listar para cada variável controle o nível normal em que rodará no processo e a distribuição ou amplitude de operação normal, a precisão ou amplitude a qual ela pode ser agrupada (para o experimento, não somente em operação na fábrica) e a precisão em que pode ser medida. Avaliar a finalidade da colocação da variável controle e o efeito de previsão (no mínimo qualitativo) que o cenário terá em cada variável resposta.
 
     

6 Escolha dos fatores e dos níveis
A pessoa que conduz o experimento deve escolher os fatores que devem variar, os intervalos sobre os quais esses fatores variarão e os níveis específicos nos quais cada rodada será feita. Exige-se conhecimento do processo para fazer isso. Esse conhecimento é em geral, uma combinação de experiência prática e conhecimento teórico. É importante investigar todos os fatores que possam ser importantes e evitar ser excessivamente influenciado pela experiência passada, particularmente nos estágios inicias do experimento ou quando o processo não está ainda muito amadurecido. Quando o objetivo é a varredura dos fatores ou caracterização do processo, é em geral, melhor manter baixo o número de níveis de fatores. (em geral, são usados dois níveis). Os passos dois e três são realizados simultaneamente, ou o passo 3 pode ser feito antes, em algumas aplicações.
 
     

7 Listar e rotular
Listar e rotular interações conhecidas ou supostas
 
     
8 Listar restrições
Listar restrições no experimento, como a facilidade de alterar a variável controle, métodos de aquisição de dados, materiais, duração, número de corridas, tipo de experimento, unidade (necessidade de um planejamento spli-plot), regiões experimentais irrelevantes ou não viável, limitação para aleatorização, ordem das rodadas, custo de mudança no cenário da variável controle, etc.
 
     
9 Dar preferência
Dar preferência aos planejamentos em andamento, se não existir, incluir blocos e aleatorização
 
     
10 Escolha do planejamento experimental
Se os seis primeiros passos forem feitos corretamente, este passo será relativamente fácil. A escolha do planejamento envolve consideração sobre o tamanho da amostra (número de replicações), seleção de uma ordem adequada de rodadas para as tentativas experimentais, ou se a formação de blocos ou outras restrições de aleatorização estão envolvidas.
     
11 Realização do experimento
Quando da realização do experimento, é de vital importância monitorar o processo, para garantir que tudo esteja sendo feito de acordo com o planejamento. Erros no procedimento experimental nesse estágio, em geral, destruirão a validade do experimento. O planejamento geral, do início até o fim, é crucial para o sucesso. É fácil subestimar os aspectos logísticos e de planejamento em um ambiente industrial complexo.

 
     
12 Análise de dados
Métodos estatísticos deve ser usados para analisar os dados, de modo que os resultados e conclusões sejam objetivos e não opinião. Se o experimento foi planejado corretamente e se foi realizado de acordo com o planejamento, então o tipo de métodos estatísticos exigidos não será complicado. Muitos pacotes estatísticos excelentes estão disponíveis para ajudar na análise de dados, e métodos gráficos simples desempenham um papel importante na interpretação dos dados. A análise dos resíduos e a verificação da validade do modelo são outros itens importantes. Se possível propor técnicas de apresentação e análise tais como plots, ANOVA, regressão, t test, etc.
 
     
13 Conclusões e recomendações
Uma vez analisados os dados, o experimento deve acarretar conclusões práticas sobre os resultados e recomendar um curso de ação. Métodos gráficos são em geral, usados nesse estágio, particularmente na apresentação dos resultados para outras pessoas. Seqüências de acompanhamento e testes de confirmação devem ser também realizados para validar as conclusões do experimento.
Os passos 1 a 3 são usualmente chamados planejamento pré-experimental. Para o sucesso do experimento é vital que esses passos sejam realizados tão bem quanto possível.
 
     
Fonte: Adaptado de Montgomery, D.C. (2004), página 369.
 
 
Resultados Esperados

Reduzir problemas durante a experimentação;
Garantir o número mínimo de experimentos;
Obter melhores resultados.

 
 
Melhores
Práticas
 
 
Versão atualizada em 19/03/2010